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Depressão

Atualizado: 23 de jul. de 2021



O que é depressão?

Depressão ou transtorno depressivo maior é uma doença comum e séria que afeta negativamente como a pessoa se sente, pensa ou age, comprometendo seriamente as relações afetivas, profissionais e o estado geral de saúde do indivíduo.

Doença silenciosa, ela ainda é incompreendida inclusive por quem sofre com o problema. É comum pessoas que estão passando por momentos difíceis, tais como (desemprego, fim de relacionamento ou morte de um ente querido) sentirem tristeza e aborrecimento, e se descreverem como “deprimidas”, mas tristeza e depressão são coisas diferentes. Enquanto o sentimento de tristeza diminui ao longo do tempo, o transtorno depressivo pode continuar por meses e até anos.

A depressão atinge homens e mulheres, aparece em qualquer momento da vida, infância, adolescência, período pós-parto, menopausa, velhice, mas normalmente, o primeiro episódio acontece entre 24 e 44 anos. Pode acontecer apenas uma vez na vida, ou em episódios repetidos, e em um menor número de pessoas os sintomas estão presentes de forma contínua.

A pessoa deprimida afasta-se do convívio social, tem dificuldades para expressar o que está sentindo e frequentemente não tem iniciativa de buscar ajuda médica, sendo necessária a intervenção de familiares para que isso aconteça.


Quais os sintomas de depressão?

A pessoa é diagnosticada com depressão quando tem sentimentos persistentes de tristeza e/ou perda de interesse ou prazer em atividades costumeiras, por no mínimo, 2 semanas consecutivas, somados a quatro ou mais dos seguintes sintomas:

  • Perda ou ganho de peso sem estar fazendo dieta, ou aumento ou redução do apetite;

  • Insônia ou excesso de sono;

  • Fadiga ou perda de energia;

  • Inquietação ou lentidão psicomotora;

  • Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva;

  • Dificuldade de pensar/concentrar, indecisão;

  • Pensamentos de morte/suicídio ou tentativas de suicídio.


O que causa a depressão?

A depressão tem várias causas. Entre as principais podemos citar:


Fatores bioquímicos: Deficiência em 2 substâncias químicas no cérebro, serotonina e norepinefrina, as quais são responsáveis por certos sintomas como irritabilidade, fadiga e ansiedade.

Fatores genéticos: é uma doença com influência genética (é comum história familiar de depressão).

Fatores ambientais: Exposição contínua à violência, pobreza, abuso, negligência, podem desencadear a doença.

Características da personalidade: Pessoas com baixa autoestima ou pessimistas, são facilmente afetadas pelo estresse sendo mais vulneráveis à depressão.


É necessário tratar a depressão?

Como qualquer doença, a depressão precisa ser reconhecida e tratada o quanto antes.

É comum que o portador de depressão atribua os sintomas a fatores externos (crise no trabalho, perda pessoal, estresse, etc.) e demore muito para solicitar ajuda médica.

A avaliação feita pelo médico permite o diagnóstico correto, propiciando a indicação do melhor tratamento para cada paciente. O não reconhecimento e o não tratamento da depressão, além de causar grande sofrimento para a pessoa, aumentam o risco de problemas pessoais, ocupacionais, familiares e financeiros. Do ponto de vista médico a consequência mais dramática é o risco de suicídio, o qual é drasticamente reduzido com o tratamento.


Como é feito o diagnóstico de depressão?

O diagnóstico de depressão é clínico e deve ser feito por um médico.

Os sintomas devem causar sofrimento ou prejuízo em áreas importantes da vida. É necessário descartar a possibilidade de a depressão ser causada por outras condições (ex.: problemas neurológicos ou hormonais) ou doenças (ex.: câncer, ataque cardíaco) e não serem efeitos colaterais de abuso de medicações ou de substâncias.


Como é o tratamento da depressão?

O tratamento começa com o entendimento sobre:

  • O que é a doença?

  • Como ela se manifesta?

  • Quais são os sinais de agravamento e de melhora?

  • Quais são as causas?

  • Como será o tratamento?

Etapa está que chamamos de psicoeducação. Pois, uma pessoa que entende o que tem fica mais segura para tomar decisões referente ao tratamento e prosseguir com ele.

O tratamento pode ser dividido em dois tipos de abordagens, que podem ser utilizadas isoladamente ou combinadas:

  • Abordagens farmacológicas;

  • Abordagens não farmacológicas.

As abordagens farmacológicas incluem diferentes antidepressivos, que são escolhidos pelo médico com base no perfil do paciente e no efeito esperado de cada medicação.

É indicado ao paciente manter sempre um registro das medicações já utilizadas (as datas e as doses), pois auxilia muito o médico na tomada de decisão.

Após a resposta ser atingida, a medicação deve ser mantida por um período mínimo (de seis meses a um ano), mas que pode ter a duração prolongada pelo médico dependendo do quadro clínico.

Nesse período, é comum que algumas pessoas não manifestem mais sintomas de depressão, e assim, abandonem o tratamento por acharem que estão curadas.

O paciente jamais deve suspender a medicação por conta própria. A suspensão deve sempre ser feita gradualmente e com acompanhamento médico.

As abordagens não farmacológicas incluem psicoterapias e exercícios físicos.

Muitas pessoas resistem à ideia de “fazer terapia”, mas o fato é que a psicoterapia pode ser tão necessária e eficaz quanto os medicamentos.


Como cuidar da autoestima?

  • Seja honesto com você mesmo. Todos temos defeitos e qualidades.

  • Identifique seus pontos fortes e fracos. É importante para aprender a lidar com eles.

  • Acredite que pode modificar seu comportamento. Supere as fraquezas e potencialize as qualidades.

  • Faça seu melhor, mas sem exigir perfeição.

  • Estabeleça objetivos sem se comparar aos outros.

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